é fato: os homens têm mesmo um radar que capta o movimento dos demais em torno de um objeto determinado - a saber, uma moça.
já havia evidências disso, mas a prova conclusiva veio ontem, em uma conversa entre amigas, depois de uma sessãozinha de vídeo com pipoca e brigadeiro. no debate que se seguiu ao filme, mediante a análise comparativa de diversos casos fictícios e reais, ficou provado (pra gente, pelo menos) que esse radar existe mesmo.
funciona assim: a moça tá lá, cuidando da vida. um belo dia, ela conhece um moço interessante, e lembra que a vida pode ficar ainda melhor quando se está bem acompanhada. investe, espia, espera, mas a história não vai adiante. isso se repete algumas vezes, até que ela desencana do assunto. interesse que não é recíproco não vinga. então, a vida vai seguindo seu rumo. a moça, sozinha, de vez em quando levanta a cabeça, olha ao redor e vê aquela vastidão, aquele horizonte… vazio. nadica de nada. e ela se pergunta: ué, cadê os caras interessantes?
até que um dia ela conhece um cara bacana mesmo. a princípio ela nem leva muita fé, mas ele vai se instalando no pensamento, no coração, na vida dela. e lá pelas tantas ela pára de pensar em prós e contras e teorias: simplesmente deixa ele se instalar de uma vez, e vai também fazendo parte da vida dele. nesse exato instante, os caras do passado resolvem ligar. o primo da amiga, que ela conheceu na festa, chama pra um cinema. o amigo do amigo, aquele bonitão do feriado na praia, convida pra ir no japonês. até aquele cara que parecia que ia dar o maior samba (mas acabou dando pra trás) reaparece, diretamente do além, todo solícito. a conclusão é uma só: eles sentiram o movimento do cara bacana se aproximando da moça e vieram conferir. só pode ser. portanto, o radar existe, funciona com alcance quase ilimitado, mas tem delay. c.q.d.
c.q.d. é a versão portuguesa da expressão latina quod erat demonstrandum (q.e.d.). significa "como se queria demonstrar" e é usada no final de demonstrações matemáticas quando se chega ao resultado pretendido. foi também a primeira sigla a ser usada nas comunicações telegráficas como sinal de alerta, tendo vindo a ser substituída por sos. (explicação retirada de http://c-q-d.blogspot.com/)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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