quando eu aprendi a dançar forró era dois pra lá, dois pra cá, arrastando o pé, os pares bem encaixadinhos deslizando numa sala de reboco. era só a moça seguir seu par que dava tudo certo. se o par fosse ruim, dava pra tentar consertar. se não desse, não era grave: a música acabava, o descompasso também. coisa simples. agora, nossa senhora! é um tal de gira pra cá, gira pra lá, rebola, mexe no cabelo. haja concentração. e lá pelas tantas o cara solta a moça. como é que pode?! no meio do salão, no meio da música, vai cada um pro seu lado dar umas voltinhas, checar o ambiente...
comigo não tem essa não. tem que encaixar e ir, no ritmo, dançando junto, baile adentro, vida afora. e nem adianta vir com essas modernidades pro meu lado, que eu tenho cabelo curto.
terça-feira, 30 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
alimentar é preciso
Pois é... e já que é, não adianta reclamar. Dá preguiça, tem sempre um bocado de outras coisas na frente, mas não devemos desistir. O "Cueca" nasceu e foi a gente que quis, então boralá.
E por falar nisso, começo não com uma, mas duas perguntas, feitas antes de mim pela querida Camille, fonte inesgotável e frequente de inspiração musical e filosófica:
Qu'est-ce qu'il y'a dans le sac des filles / Qu'est-ce qu'il y'a dans la tête des hommes
legenda: O que tem na bolsa das mulheres? / O que tem na cabeça dos homens?
E por falar nisso, começo não com uma, mas duas perguntas, feitas antes de mim pela querida Camille, fonte inesgotável e frequente de inspiração musical e filosófica:
Qu'est-ce qu'il y'a dans le sac des filles / Qu'est-ce qu'il y'a dans la tête des hommes
legenda: O que tem na bolsa das mulheres? / O que tem na cabeça dos homens?
segunda-feira, 22 de junho de 2009
experimentando
acho que o melhor da vida é estar em movimento. um dia aqui, outro ali. experimentando. eu, que nem bebo, outro dia fui na casa de um amigo que aprecia vinhos. ele entende do riscado e, animadíssimo, abriu uma garrafa. meu primeiro impulso foi seguir o hábito: dizer "obrigada", dar um jeito de servir meio golinho bem pequeno na minha taça e enrolar com aquilo até a hora de ir embora. só pra não fazer desfeita. mas, contagiada pela animação dele ("puxa, faz tempo que estou querendo experimentar este aqui, acho que vai ficar ótimo com o nosso rango!"), aceitei a bebida que ele me oferecia. quando vi, estava eu lá sentindo o aroma do vinho, saboreando, e fazendo comentários do tipo: "olha só, tem um cheirinho meio de fumaça, outro que lembra framboesa ou alguma dessas frutinhas azedas. esse vinho é forte mas não tem quinas, é aveludado" e por aí afora. eu achava que isso era coisa de quem entende à beça do assunto, vive provando vinhos e mais vinhos e estuda muito. e, pra dizer a verdade, achava uma coisa assim meio esnobe. nesse dia percebi que não é nada disso. é uma disposição que se pode ter, como em tudo na vida. naquele momento eu estava descobrindo várias coisas novas: sobre aromas, sobre sabores e sobre convivência.
cueca azul calcinha, a missão
ah, os homens! eu vivo cá com meus botões, tentando entender os caras (não sou só eu: conheço várias mulheres que também tentam. homens também. e tem aqueles que já desistiram, de ambos os sexos). é difícil, mas continuo tentando. e me divertindo, claro.
a cris tem o mesmo hobby (ou será uma espécie de loucura?). então, resolvemos compilar as bobagens que ouvimos (ou que nossas amigas ouvem, ou que inventamos um pouquinho) dos homens. daí o nome cueca azul calcinha. não tem nada a ver com yin yang, opostos complementares, nada disso. é um blog-denúncia! depois, pensando bem, a gente achou isso meio restrito. afinal, a gente ouve coisas bacanas também. e muitas bobagens, mas nem sempre elas vêm dos homens. o mundo é grande, e coisas interessantes rolam o tempo todo. se a gente prestar atenção nem precisa ver novela. é diversão garantida.
a cris tem o mesmo hobby (ou será uma espécie de loucura?). então, resolvemos compilar as bobagens que ouvimos (ou que nossas amigas ouvem, ou que inventamos um pouquinho) dos homens. daí o nome cueca azul calcinha. não tem nada a ver com yin yang, opostos complementares, nada disso. é um blog-denúncia! depois, pensando bem, a gente achou isso meio restrito. afinal, a gente ouve coisas bacanas também. e muitas bobagens, mas nem sempre elas vêm dos homens. o mundo é grande, e coisas interessantes rolam o tempo todo. se a gente prestar atenção nem precisa ver novela. é diversão garantida.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
conversa alheia
adoro ouvir conversa alheia. no boteco, na praia, em qualquer lugar. quando vejo já estou lá, prestando a maior atenção. hoje mesmo, na hora do almoço, tive que me segurar pra não dar palpite. duas moças, na mesa ao lado:
- nossa, carência é um perigo, né?
- é...
- então, sabe o beto? cê acredita que eu andei pensando em dar uns pegas nele?
- o beto? o ex da gi?
- pois é. a gente andou se falando pelo telefone, daí comecei a pensar... putz, mas não conta pra ninguém, porque ficar a fim de ficar com o beto é meio queima-filme, né? ele é tão feio! o pior é que eu nem lembro direito da cara dele. como é o cabelo mesmo? ele é meio torto, não é?
- bom, sei lá, ele não me atrai nem um pouco. mas cada um tem seu gosto... e quando vocês forem se encontrar você pode ir sem óculos.
- mas, e os dentes? são bons?
- hmm, não sei, nunca vi os dentes dele. mas devem ser. ele tem cara de quem escova depois de cada refeição!
nesse ponto as duas começaram a rir. e eu também. tentei disfarçar, mas não deu. sim, eu sei que se eu disser que "a culpa não foi minha, era inevitável ouvir a conversa com as mesas tão perto umas das outras" isso vai parecer desculpinha de viciada. mas eu juro: as mesas eram tão próximas que se o tal beto passasse por ali, eu ia conseguir ver bem o estado dos dentes dele. ia dar até pra sentir o hálito. e opinar, claro.
- nossa, carência é um perigo, né?
- é...
- então, sabe o beto? cê acredita que eu andei pensando em dar uns pegas nele?
- o beto? o ex da gi?
- pois é. a gente andou se falando pelo telefone, daí comecei a pensar... putz, mas não conta pra ninguém, porque ficar a fim de ficar com o beto é meio queima-filme, né? ele é tão feio! o pior é que eu nem lembro direito da cara dele. como é o cabelo mesmo? ele é meio torto, não é?
- bom, sei lá, ele não me atrai nem um pouco. mas cada um tem seu gosto... e quando vocês forem se encontrar você pode ir sem óculos.
- mas, e os dentes? são bons?
- hmm, não sei, nunca vi os dentes dele. mas devem ser. ele tem cara de quem escova depois de cada refeição!
nesse ponto as duas começaram a rir. e eu também. tentei disfarçar, mas não deu. sim, eu sei que se eu disser que "a culpa não foi minha, era inevitável ouvir a conversa com as mesas tão perto umas das outras" isso vai parecer desculpinha de viciada. mas eu juro: as mesas eram tão próximas que se o tal beto passasse por ali, eu ia conseguir ver bem o estado dos dentes dele. ia dar até pra sentir o hálito. e opinar, claro.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
1, 2, 3, testando
era pra ser uma banda: cueca azul calcinha, destinada a entreter multidões, com seu suingue e charme naturais. eu até gosto de cantar, mas duas vocalistas e nenhum instrumentista é uma formação, digamos, meio estranha. acabou virando um blog. a gente acabou concluindo, sabe-se lá como, que um blog poderia nos divertir tanto quanto uma banda, com a vantagem de não precisar ensaiar. mas por que um blog? há um bom tempo um amigo querido veio com esse papo de blog pra cima de mim: "cara, você tem que ter um, é a sua cara, patati patatá.....". primeiro eu perguntei o que era blog (eu nunca tinha ouvido falar) e na sequência respondi pra ele: "ué, por quê?" bom, ele tentou vários argumentos, e nenhum me convenceu inteiramente. mas quase sempre, quando a gente se encontrava, lá vinha ele com a história do blog. e depois dele, outras pessoas disseram a mesma coisa. e eu matutando. continuo achando que minha vida é bem normalzinha, que não tenho grandes aventuras pra contar aqui. mas quem disse que precisa?
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Nasceu!!!
Ó, é assim:
Tinha vezes em que a gente falava: "meu, isso é muito bom, isso tinha que ir prum Blog", mas o caso é que a gente não tinha Blog.
Agora a gente tem! Êeeeeeeeee!
Tinha vezes em que a gente falava: "meu, isso é muito bom, isso tinha que ir prum Blog", mas o caso é que a gente não tinha Blog.
Agora a gente tem! Êeeeeeeeee!
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